Nilza Carla, 46 anos, nasceu e cresceu na periferia de Salvador, mas foi em Lisboa, no palco mundial do Web Summit, que revelou uma invenção revolucionária. Inspirada pelos desafios reais de cuidar do próprio filho, diagnosticado com paralisia cerebral e usuário de sonda gástrica, Nilza desenvolveu um curativo inovador que pode substituir o tradicional. Sua criação promove maior eficiência e segurança, resolvendo um problema que afeta milhões de pessoas no mundo. “Um gaze não é feito para se manter seco. É um tecido e molha. É preciso que seja um absorvente térmico”, explicou Nilza durante sua apresentação, arrancando aplausos de uma plateia impressionada.
A baiana chegou a Portugal como uma das 10 startups escolhidas pela Central Única das Favelas (CUFA) para representar iniciativas específicas em um dos maiores eventos de tecnologia e inovação do mundo. Seu curativo não apenas melhorou a qualidade do cuidado médico, como também tem um custo acessível, aumentando seu potencial de impacto nos sistemas de saúde públicos e privados. Nilza atribuiu sua inspiração ao contexto difícil em que viveu e ao amor pelo filho: “Na periferia, a gente aprende a criar soluções porque os problemas são reais e urgentes. Meu filho foi minha motivação maior, e essa invenção é para salvar vidas.”
A jornada de Nilza Carla é um testemunho poderoso da força da inovação vinda das favelas brasileiras. Com a visibilidade conquistada no Web Summit, ela espera atrair investidores para transformar sua ideia em uma solução global. “Saí da Bahia com um sonho e, agora, quero ver essa invenção chegar aos hospitais do mundo inteiro.” Entre os aplausos e o reconhecimento internacional, a mensagem de Nilza é clara: a criatividade e a determinação das periferias, os movimentos pelo amor, têm o poder de mudar o mundo.
